O que é rebranding? Saiba mais sobre essa estratégia
Toda marca conta uma história. Seja no logotipo, nas cores, na linguagem ou até no tom de voz, cada detalhe constrói uma percepção na mente do público. Mas e quando essa percepção já não representa quem a empresa é hoje? Ou pior: quando está afastando exatamente as pessoas que ela quer atrair?
É aí que entra o rebranding, um processo estratégico que vai muito além de trocar o logotipo ou modernizar o site. Estamos falando de ajustar o posicionamento da marca para gerar resultado real, otimizar a visibilidade e manter a relevância no mercado.
Curiosidade: o conceito de rebranding ganhou força quando o mercado percebeu que o cliente moderno havia se tornado o grande balizador das campanhas e ações. Com consumidores mais exigentes e participativos, as marcas entenderam que não basta vender é preciso se adaptar às mudanças culturais e às expectativas do público para continuar relevante.
Neste artigo nós vamos:
- Explicar o que é branding (de forma clara e sem jargões).
- Mostrar quando ele é necessário e como identificar os sinais.
- Apontar o passo a passo para fazer isso com estratégia, sem perder a essência da marca.
- Trazer exemplos e boas práticas para você aplicar com confiança.
Se você já se perguntou se está na hora de mudar sua marca ou quer entender como isso pode impulsionar seu negócio, vamos direto ao ponto.
O que é rebranding? Vamos direto ao ponto
O rebranding é muito mais do que uma “repaginada” no visual da empresa. É uma estratégia pensada para reposicionar a marca no mercado, ajustar a percepção do público e garantir que ela continue relevante diante de novas tendências ou mudanças no próprio negócio.
Em termos simples, o rebranding pode envolver:
- Uma nova identidade visual (como logotipo, cores e tipografia).
- Mudança no posicionamento e mensagem da marca.
- Ajustes no nome ou até no tom de voz usado para se comunicar.
Mas para entender isso com clareza, primeiro precisamos diferenciar dois conceitos que costumam ser confundidos: branding e rebranding.
Rebranding e branding: entenda a diferença sem mistério
Branding é o processo de construir e gerenciar a percepção da sua marca desde o início. Envolve definir a identidade visual, os valores, a brand personality e como tudo isso se conecta com o público.
Pense em uma marca fictícia chamada “Raiz Natural”, uma empresa de cosméticos veganos que está sendo criada do zero.
No processo de branding, ela precisa:
- Definir a identidade visual: um logotipo com elementos botânicos, cores que remetam à natureza (tons de verde e bege) e uma tipografia suave que transmite leveza.
- Estabelecer a brand personality: posicionar a marca como cuidadora e consciente, com uma voz acolhedora e educativa nas redes sociais, falando sobre sustentabilidade sem ser arrogante.
- Criar o propósito e valores: reforçar o compromisso com ingredientes naturais, embalagens recicláveis e apoio a comunidades locais.
- Conectar com o público: desenvolver um slogan como “Beleza que respeita a natureza” e planejar uma estratégia de conteúdo que eduque consumidores sobre os benefícios dos cosméticos veganos.
Todo esse trabalho é branding, porque está construindo a percepção da marca antes mesmo do primeiro produto chegar ao mercado.
O que é rebranding?
Rebranding, por outro lado, acontece quando a marca já existe e precisa ser atualizada ou reposicionada no mercado. É como um “refresh” para refletir novos objetivos, públicos ou tendências.
Exemplo prático: O McDonald’s é um ótimo exemplo de rebranding estratégico. Durante muitos anos, a marca foi associada a uma alimentação rápida, mas também a hábitos pouco saudáveis e críticas sobre ingredientes processados.
Para se reposicionar no mercado e se alinhar às novas expectativas dos consumidores (mais conscientes sobre saúde e sustentabilidade), a empresa decidiu fazer um rebranding global com foco em:
- Atualização do posicionamento: mostrar que o McDonald’s se preocupa com qualidade e bem-estar, não apenas com velocidade e preço.
- Mudança na comunicação visual: lojas com design mais moderno e acolhedor, uso de tons terrosos e naturais para transmitir frescor e sustentabilidade.
- Ajustes no cardápio e narrativa: introdução de saladas, frutas, opções vegetarianas e campanhas que destacam o uso de ingredientes frescos e fornecedores locais em vários países.
Esse rebranding ajudou o McDonald’s a se conectar com um público que valoriza praticidade, mas não quer abrir mão de escolhas mais equilibradas. Foi uma forma de atualizar a percepção da marca sem perder sua essência de fast food.
Lembre-se:
Branding: prática e construção desde o zero
Rebranding: transformação daquilo que já existe.
Quando o rebranding é necessário? 5 sinais de alerta para marcas
Nem toda marca precisa de um rebranding mas algumas chegam a um ponto em que é a única saída para voltar a crescer. Aqui vão 5 sinais claros de que pode ser a hora de considerar:
1. A identidade visual está desatualizada
O logo, as cores ou o design parecem saídos de outra década? Se a estética não conversa mais com o público atual ou não reflete o mercado onde a empresa atua hoje, é hora de repensar. Em um mundo visual como o de hoje, a primeira impressão importa (e muito).
2. O público mudou (e a marca não acompanhou)
Talvez o público que a marca atendia no início não seja o mesmo de agora. Mudanças de geração, hábitos de consumo ou até o surgimento de novas necessidades (como sustentabilidade e inclusão) exigem que a comunicação e o posicionamento evoluam também. Se sua marca continua falando como antes, pode estar deixando de engajar quem realmente importa hoje.
3. A estratégia de mercado mudou
Quando uma empresa lança novos produtos, entra em outros segmentos ou expande para públicos diferentes, a identidade antiga pode não dar conta de transmitir essa nova fase. Por exemplo, uma marca que começou com roupas esportivas e agora quer atuar no mercado premium precisa alinhar a identidade visual e verbal ao novo posicionamento para não confundir o público.
4. A reputação da marca foi impactada
Crises como polêmicas em redes sociais, problemas com produtos ou questões legais podem manchar a imagem construída. Nesse caso, o rebranding ajuda a reconstruir a confiança e sinalizar uma nova fase. Exemplo: marcas que foram associadas a práticas não sustentáveis podem usar o rebranding para mostrar compromissos reais com o meio ambiente.
5. A concorrência está à frente
Se os concorrentes parecem mais modernos, relevantes e conquistam mais atenção, sua marca pode estar perdendo espaço no mercado. Por isso, uma análise de concorrentes é essencial: ela ajuda a identificar tendências, entender o que funciona (ou não) e a reposicionar a marca de forma competitiva para recuperar relevância.
Quem são os profissionais que devem participar de um rebranding?
Um rebranding bem-feito não é tarefa para um único designer ou uma decisão isolada do dono da empresa. Ele exige uma equipe multidisciplinar com habilidades estratégicas e criativas para garantir que cada detalhe da análise do público ao design final, esteja alinhado ao propósito da marca.
Aqui estão os principais profissionais que fazem parte desse processo:
Brand strategist (estrategista de marca)
É o cérebro da operação. Analisa o mercado, o posicionamento atual da marca e define o caminho estratégico para a nova fase.
Designer gráfico ou diretor de arte
Responsável por traduzir a estratégia em elementos visuais: logotipo, cores, tipografia e materiais de identidade visual.
Copywriter e estrategista de conteúdo
Trabalha a brand voice (tom de voz) e cria mensagens que comunicam a essência da nova marca com clareza e impacto.
Especialista em marketing e comunicação
Planeja como lançar o rebranding ao público e garantir que a transição seja bem recebida, do site às redes sociais.Pesquisadores de mercado e UX designers(dependendo do porte da marca)
Ajudam a entender as necessidades do cliente e como a nova identidade será percebida em diferentes pontos de contato.
Rebranding com propósito gera resultados reais
O rebranding não é apenas uma tendência ou um capricho estético. Ele é uma ferramenta poderosa para marcas que querem manter relevância, otimizar sua visibilidade e se conectar de forma autêntica com o público.
Mas lembre-se: mudar por mudar não basta. É preciso ter estratégia, clareza de propósito e atenção aos detalhes para que a transformação traga impacto positivo.
Quer se aprofundar? Explore nossos outros conteúdos sobre marketing, identidade visual e estratégias para fortalecer sua marca. É hora de levar sua comunicação além do básico e construir uma marca com propósito.
